segunda-feira, outubro 9

Curiosidades

Uma reportagem emitida ontem pela SIC dava conta da diversidade de métodos em uso para ensinar as crianças a ler e a escrever. Ficámos a saber que, para além dos métodos mais ou menos tradicionais, estão no terreno as estratégias do Movimento Escola Moderna (MEM), já há algumas dezenas de anos. Os professores do MEM entrevistados fizeram, naturalmente, a apologia do seu ensino inovador. Os outros defenderam-se como puderam, alegando que não se sentiam preparados para experimentar uma actuação diferente e possivelmente pôr em risco o sucesso das turmas. Mas, aparentemente, não se sabe, e a reportagem não inquiriu, se afinal há diferenças entre os resultados da aprendizagem tradicional e os da inovadora. Talvez exigisse um trabalho de campo moroso e a requerer muito cuidado, mas valeria a pena. Curiosamente esse é o tipo de investigação que os profissionais das ciências de educação nunca fazem. Escrevem muitos artigos em que defendem os seus métodos na base de desejos e boas intenções, quando seria mais útil que nos mostrassem as diferenças a partir dos efeitos reais.

Fico curioso de saber se há diferenças sensíveis entre os que aprenderam a ler e a escrever à antiga ou à moderna: alguns têm maior dificuldade na leitura e compreensão de textos que outros? todos confundem à com ? Todos escrevem perguntas-te em vez de perguntaste? A SIC podia ter perguntado.

Aprendi também que o i é considerada por alguns professores a letra mais fácil, por isso é a primeira que ensinam. Mas não percebi porquê.

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