As revelações de plágio que culminaram com uma demissão de um secretário de estado têm entretido e suscitado excitação em algum público.
Adoptar textos de outros sem referência, apresentando-os tacitamente como do próprio não é bonito, não. No site do jornal há exemplos de excertos copiados. Eis uma amostra:
O professor é um cidadão, o que lhe confere uma dimensão cívica e política incontornável. (...) é uma pessoa com sentimentos, valores, preocupações e emoções (...) a sua dimensão humana, moral e afectiva não pode ser negligenciada (...) tem igualmente uma dimensão organizacional e associativa, integrando uma cultura profissional específica
...a escola tem de afirmar a sua missão
intelectual e social no seio da sociedade, contribuindo para a garantia
dos valores universais e do património cultural...
Em face disto e do restante, julgo que o pecado maior de Granjo não foi devidamente sublinhado: o plágio de trivialidades denota uma grande ausência de critério. Ao mesmo tempo, no entanto, põe a nu, para quem quiser ler, a produção de textos burocráticos de escrita automática, ao abrigo da chancela e do prestígio das instituições académicas.
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1 comentário:
Este post é incontornável.
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