Algumas figuras públicas simpáticas pronunciaram-se ontem sobre a desgraça que continua a atingir o país. Têm em comum o facto de não se terem querido ver nem se terem incomodado com as causas que aqui nos trouxeram; de acharem coisa de somenos que precisássemos (estado, bancos, empresas) de uns 100 mil milhões emprestados em 2011, como já desde o ano passado se sabia; e de entenderem que nesse conforto endividado deveríamos permanecer até ao fim das décadas que nos cabem.
Jerónimo diz agora que o país sangra. António José afirma, não muito seguro, que isto é inaceitável. Mário Soares ensina, numa aula (digamos assim) que há muita coisa para lá da dívida. O estudantariado nem percebe que lhe estão a vender um déjà-vu, uma referência à infeliz e gratuita frase de um outro ex-presidente, proferida no tempo em que não queriam ver. No fim a turma entoa, entusiasmada, que o professor é fixe. Nada disto surpreende muito. Muitos estudantes já entram nas universidades com preparação deficiente. Imagine-se o estado dos que entram numa Universidade de Verão.
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