No passado dia 23 de Setembro um grupo de jovens provocou distúrbios e destruição num centro comercial de Alkhobar, no leste da Arábia Saudita. O caso provocou escândalo e um debate aceso: a juventude da região é tida como habitualmente bem comportada e por isso há interrogações no ar sobre as razões do acto e sobre o que se poderá fazer para impedir a sua repetição.
Diz um director de jornal que há com certeza culpa dos pais, mas também da falta de ocupação em actividades desportivas; os jovens aprendem tudo na internet e os psicólogos comportamentais terão de prestar atenção ao assunto. Os comentadores são unânimes em dizer que é preciso retirar estes jovens dos centros comerciais e dar-lhes uma orientação. As opiniões dividem-se sobre o castigo a aplicar, de modo a que fiquem a saber que os seus actos têm consequências. Há uma forte corrente de opinião orientada para as penas não detentivas, já que a prisão pode ainda agravar o carácter de quem tem maus instintos. Mas lá não valem as teorias da Profª Fernanda Palma: são poucos os que optariam por multas ou pelo trabalho para a comunidade, e entretanto a pena aplicada - 30 chicotadas em público para cada um dos doze que já confessaram o crime - parece ser encarada com aprovação, apesar das vozes dissonantes.
O caso vem contado no Arab News. E a notícia também veio ontem no Daily Mail online, com uma cauda de comentários onde muitos lamentam a abolição das penas medievais no Reino Unido. Assim vai o Mundo, como diziam dantes os noticiários no cinema.
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