O Dr. Ayead El-Sarraj encontrou chaves para compreender o que se passa em Gaza: porque é que palestinos andam a atirar outros palestinos de um 5º andar ou a fuzilar sumariamente outros palestinos acusando-os de heresia. Trata-se do trauma de uma geração, a dos filhos da ira. Funda-se na experiência insuportável de ver os pais espancados e torturados pelos israelitas. Esta experiência traumática conduziu a um deteriorar da figura do pai, procurando-se a sua substituição nas organizações armadas. A milícia é o pai com o Corão que atenua o fantasma do desamparo e impõe disciplina.
As culpas de Israel não ficam por aqui. Como explicar a filiação em grupos rivais numa luta fratricida? Simples: trata-se da não presença do inimigo comum, em resultado da saída de Israel da Faixa em 2005.
O Dr. El-Sarraj não alude aos possíveis efeitos traumáticos da educação para o suicídio na infância e não se percebe porquê: toda a gente sabe que essa educação era indispensável, dada a presença dos israelitas em Gaza.
Infelizmente, os psiquiatras não foram consultados antes de Agosto de 2005. Este descuido funesto impediu a previsão do presente massacre. Mas mesmo que o Dr. Ayead El-Sarraj tivesse sido ouvido, a sua teoria cairia em saco roto. Para além de dar explicações nada islâmicas para os factos, o homem deve ser obviamente um sionista infiltrado.
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5 comentários:
"Trata-se do trauma de uma geração, a dos filhos da ira. Funda-se na experiência insuportável de ver os pais espancados e torturados pelos israelitas. Esta experiência traumática conduziu a um deteriorar da figura do pai, procurando-se a sua substituição nas organizações armadas. A milícia é o pai com o Corão que atenua o fantasma do desamparo e impõe disciplina."
E só por má fé se pode dizer o contrário.
O PR tem razao.
A frase do psicologo tem todo o sentido.
So posso discordar do psicologo se, como muitas vezes acontece, use a frase em questao para desculpabilizar os palestianos. Mas o autor do post deixou o seu caso por provar.
Não pretendo provar nada. Violência em altas doses, incluindo entre os palestinianos, é o que não em faltado na região, como ainda há poucos dias o Hamas fez questão de mostrar a jornalstas ocidentais: http://www.spiegel.de/international/world/
0,1518,489898,00.html
Estou é assombrado pela invocação de um estereótipo da cultura ocidental (para mais,inventado por um judeu) que, como tentativa de explicação de massacres, me parece muito enviesado. A intenção desculpabilizante é óbvia.
Quando o petróleo estiver a preço da água eles não lutarão tanto entre si.
Gaza deixara de ser Gaza e todos seriam todos mais felizes.
Antonio S. Maria da feira
Eu estava a ser irónico, Luísa.
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