Em todos os noticiários de rádio, tv, jornais e internet de ontem, falou-se do julgamento do rapaz acusado de causar a morte de Gisberto ou Gisberta. E como há cerca de um ano, das notícias dadas sobre os trágicos acontecimentos infere-se que Gisberta não é bem uma pessoa: é "transsexual", é mais adjectivo que nome.
Os media abraçam a moda politicamente correcta, exibem com desvelo o "traço identitário", promovem encobertamente o conceito de "crime de ódio". Os oportunistas que fingem defender "minorias" acham bem e os ingénuos vão atrás. Não lhes importa, ou ignoram, que a discriminação comece com aquela referência obsessiva.
Na verdade, ou estamos perante uma clara discriminação ou então, em todas as notícias de crime e tribunal deverá incluir-se a correspondente menção a respeito de vítimas e, já agora, também dos arguidos. O que é relevante neste caso deverá sê-lo noutros. Para melhor poder ajuizar, o povo anseia por saber se Carolina Salgado é hetero, se Valentim Loureiro, Bexiga ou os reitores ou vice-reitores da Independent eram lésbicas, quais as preferências sexuais do casal McCann, dos elementos do gang do multibanco e do segurança que eles assassinaram, etc. Jornalistas, mãos à obra. Preencham os espaços em branco. Queremos adjectivos!
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