segunda-feira, fevereiro 25

O crepúsculo do falo

O símbolo tradicional das forças militares suecas, um leão ostensivamente masculino, acaba de ver os órgãos genitais removidos por pressão feminista. Está explicado neste vídeo. Parece que apesar de tudo deixaram passar a crina. Não deve ser descuido, mas promoção da imagem de um leão lésbico.

O PSOE, aqui ao nosso lado, promete no seu programa eleitoral uma "educación no discriminatoria, que rompa los actuales estereotipos de género"; "revisar y modificar el uso tradicional del masculino para representar a las mujeres en los textos educativos"; "incorporar a especialistas en coeducación e igualdad en los órganos responsables de la evaluación, investigación e innovación educativa y en los servicios de apoyo al profesorado". No futuro falar-se-á não de reivindicações de professores, mas sim de reivindicações de professores e professoras. A Real Academia provavelmente não vai ser entusiasta das pretendidas alterações: as constantes repetições para mencionar os dois sexos são simplesmente um estorvo deselegante.

domingo, fevereiro 24

quarta-feira, fevereiro 13

Inversões

Ontem, na Universidade de Santiago de Compostela, Maria San Gil, presidente do PP no País Basco, foi impedida de ter uma intervenção pública, após tentativa de agressão por umas dezenas de jovens inflamados. Chamaram-lhe fascista e terrorista e gritaram: Que a ETA te mate!

Maria San Gil deu a cara como testemunha presencial de um assassínio cometido pela ETA e há anos que não pode sair à rua sem escolta policial

MInistra da habitação deixa casa em estado lamentável

A ministra da habitação do governo espanhol, Maria Antonia Trujillo, deve ser uma selvagem que não sabe habitar uma casa. Pelas notícias, fico a imaginar que tenha abrigado porcos e galinhas no terraço e plantado alfaces na banheira e tomates no bidé. Ocupou um andar de 220 metros quadrados no centro de Madrid até Julho de 2007. Por razões de segurança, o ministro da justiça, Mariano Fernández-Bermejo, vai ter que se mudar para lá. (Há eleições em 9 de Março, um pormenor.) O estado do andar obrigou-o a obras de recuperação no valor de 250 mil euros, pagos pelo orçamento do ministério. As facturas mostram que, além de mobília e tapetes, a reparação do terraço e da casa de banho têm grande quota nos gastos. Parabéns a El Corte Inglés.

sábado, fevereiro 9

Las costumbres

Em Espanha como cá, os partidos "de direita" movem-se um pouco às cegas e sem saber bem o que hão-de propor. A argolada mais recente do PP em Espanha é a intenção de fazer os imigrantes aprender a língua e respeitar os costumes. Deixando já de lado saber o que é a língua espanhola e quem a respeita, não se percebe bem a que costumes se refere a medida anunciada. Jantar às 11 da noite? Dormir a sesta? Como a conversa do PP também fala do problema do véu para as mulheres, supõe-se que ele tem claramente em vista o sector muçulmano da imigração. Ora, em relação a esses o PP devia ter mais cuidado com o que diz, porque há um costume espanhol que os muçulmanos interiorizaram na perfeição: votar no PSOE.

Padrões de decência

O Supremo Tribunal do Nebraska reconheceu ontem que grelhar pessoas numa cadeira eléctrica é infligir-lhes uma "pena cruel e fora do comum". O Nebraska era o último estado a usar sistematicamente esta forma de tortura, que a partir de agora fica legalmente interdita. Os juízes afirmaram que o tribunal se viu compelido a reexaminar a questão devido à "subida dos padrões de decência". Reconhecem a tentação de infligir sofrimento a um criminoso, mas pensam que "uma sociedade civilizada deve castigar a crueldade sem a praticar".

Como a injecção letal também tem sido objecto de fortes críticas, deve haver já intensa pesquisa sobre métodos de execução indolor.

sexta-feira, fevereiro 8

É uma espécie de pessoa

Em todos os noticiários de rádio, tv, jornais e internet de ontem, falou-se do julgamento do rapaz acusado de causar a morte de Gisberto ou Gisberta. E como há cerca de um ano, das notícias dadas sobre os trágicos acontecimentos infere-se que Gisberta não é bem uma pessoa: é "transsexual", é mais adjectivo que nome.

Os media abraçam a moda politicamente correcta, exibem com desvelo o "traço identitário", promovem encobertamente o conceito de "crime de ódio". Os oportunistas que fingem defender "minorias" acham bem e os ingénuos vão atrás. Não lhes importa, ou ignoram, que a discriminação comece com aquela referência obsessiva.

Na verdade, ou estamos perante uma clara discriminação ou então, em todas as notícias de crime e tribunal deverá incluir-se a correspondente menção a respeito de vítimas e, já agora, também dos arguidos. O que é relevante neste caso deverá sê-lo noutros. Para melhor poder ajuizar, o povo anseia por saber se Carolina Salgado é hetero, se Valentim Loureiro, Bexiga ou os reitores ou vice-reitores da Independent eram lésbicas, quais as preferências sexuais do casal McCann, dos elementos do gang do multibanco e do segurança que eles assassinaram, etc. Jornalistas, mãos à obra. Preencham os espaços em branco. Queremos adjectivos!

terça-feira, fevereiro 5

Mas que as há...

Estes jornalistas continuam a cometer grosseiros erros de raciocínio. Da informação "não foi notado qualquer indício da passagem por Portugal desses elementos" retiram a conclusão em título: "autoridades de segurança portuguesas concluíram que Portugal não serviu de passagem para qualquer elemento da célula terrorista". Deve ser um efeito colateral do abaixamento de qualidade do ensino em geral, e da matemática em particular. É como se concluissem, a partir da ausência de indícios da existência de Deus, que Deus não existe. Eu também não creio em bruxas.