sábado, maio 27

As vozes do dono

Em estimativa grosseira e não fundamentada, calculo que há para aí uns 50% de professores incompetentes nas escolas do país e para aí uns 93,4% de pais incompetentes para os avaliarem de maneira honesta.

Mas os sindicatos perdem tempo ao virem dizer estas frases aos microfones. Opor-se a que os pais sejam actores do processo de avaliação e reafirmar que eles são fundamentais na dinamização da escola e do projecto educativo é repetir as lenga-lengas ocas que o mesmo ministério lhes vem inculcando nas cabeças há décadas de modo a limitar-lhes e banalizar-lhes as formas de expressão, para finalmente se rir deles, pois fica a nu que não perceberam nada.

Consumismo frustrado

Hoje comprei umas colunas (excelentes, mas não devo fazer publicidade) para ouvir cds e rádio. Preparava-me para as instalar na banheira (obviamente), mas parei a tempo: as safety instructions do manual aconselhavam a não utilizar o material na banheira, na máquina de lavar ou na pia da cozinha. Não está certo! Deviam avisar na loja. Quase 500 euros e não se pode usar com o jacuzi???

O Mundial

Onde é que isto irá parar? Depois do código Da Vinci, é a vez do Mundial 2006. Até onde poderá descer um blogger para aparecer nos motores de busca? Ainda por cima escrevendo sobre matérias que desconhece.

O que está fora de dúvida é que começou um período de euforia e felicidade para os portugueses: os festivais de música são o prelúdio, as bandeiras começaram a sair dos armários, alguns cafés já promovem a imperial quase à borla nos dias em que jogará a Selecção, e a Sport Tv rendeu-se ao impulso autárquico de oferecer futebol aos cidadãos. Os ecrans gigantes não são baratos, mas não nos preocupemos: as despesas com os estádios do Euro 2004 são muito maiores e os munícipes aceitam com alegria que as suas contribuições em IMI, IMT e taxas de esgotos sejam lançadas cano abaixo nesses investimentos.

Eu compreendo bem a irritação do jcs com o que nos espera a partir de 9 de junho. Os canais de rádio e tv falarão do mesmo durante longas horas, o silêncio dos prédios será interrompido por coros bem sincronizados de júbilo ou decepção, e há mesmo a possibilidade de alguns buzinões desassossegarem as cidades. No entanto, sem ser apreciador de futebol, não vejo mal nenhum nisto. A verdade é que, embora omnipresente, o futebol ainda não é obrigatório: vê-se e ouve-se por opção individual inteiramente livre. Para além de não ter nada contra a felicidade geral, até acho agradável a tranquilidade que se instala nas ruas e no trânsito quando tudo corre para o ecran mais próximo à hora dos jogos, fazendo lembrar, para melhor, Lisboa em Agosto.

Por outro lado, temos que reconhecer que é no âmbito do futebol que os portugueses criaram produtos de primeira água. Os descobrimentos e os Jerónimos estão feitos há quase cinco séculos, os Lusíadas têm a mesma idade, e de então para cá nada nas artes, na ciência, ou na técnica, relevante em termos globais, tem a marca portuguesa. Se é certo que de vez em quando alguns nomes adquirem merecido destaque internacional, não temos primeiros lugares no pódio fora do futebol. Dar ao mundo vários jogadores de cinco estrelas e um treinador topo de gama é obra e, para bem ou para mal, condicionante da imagem que temos de nós próprios.

domingo, maio 21

Tentando descodificar

Tem que ser: um post sobre o Código da Vinci. Em primeiro lugar, não li o livro, nem tenciono lê-lo nem ver o filme (se tiver que dar algum mau passo, antes a missão impossível nº3). Desde que comecei a observar o sucesso da novela vivo intrigado com o que nela atrai massas de leitores pouco habituais. O mistério descrito em estilo de "policial"? A avidez por teorias improváveis (no sentido literal de que não podem ser provadas), como as que alimentam as mais disparatadas fábulas de conspiração? Tudo isto e com certeza mais. O facto de as teorias, neste caso, terem o Cristo histórico e a Igreja Católica como objecto, deve ser um factor decisivo na explicação do interesse suscitado. Isso não deixa de me causar perplexidade, dada a laicização das nossas sociedades: tendo o interesse pela religião descido a níveis tão baixos, não se pode explicar o fenómeno por coscuvilhice pura e simples.

Por outro lado, parece que o filme não está a ter um êxito comparável. Eu acho que em matéria de código Da Vinci de mais uma especulação não vem mal nenhum ao mundo, e portanto aqui vai. Tendo de condensar em duas horas a série de devaneios contidos no livro, ainda por cima com as técnicas narrativas mais-do-que-já-vistas do cinema americano, com música aterradora muito alta e ruídos fragorosos em dolby digital, o filme provavelmente exibe, de modo excessivo, a banalidade da estorieta subjacente. Muitos sairão de lá desiludidos ao constatarem que o que tomaram por apoio consistente à sua visão de um Cristo dessacralizado e de uma Igreja tenebrosa, mais não parece, afinal, do que uma crendice que se cobre a si própria de ridículo.

O mistério tragável estava no livro. Talvez muita gente tenha descoberto que, afinal, do que gosta é de ler.

sábado, maio 20

Nova carta na mesa

Ahmadinejad está a preparar agora uma carta para o Papa. Certamente que o conteúdo não será surpresa: aposto que vai copiar, como fez na carta a Bush, o discurso contestatário dos pretensos laicos ocidentais - os que, na realidade, sofrem de fé incurável nas utopias totalitárias que a nossa cultura incubou. Pode ser problemático provar que o Irão persegue o fabrico da arma nuclear, mas vai ser simples acusar o presidente de plágio. Presumo que não vão ser poucos os que poderiam exigir indemnização, mas entre camaradas de luta essas coisas podem bem ficar esquecidas.

A Europa tem, apesar de tudo, motivos para ficar despeitada. Fica a nu a nulidade prática dos seus dirigentes políticos. Se algum tiver direito a carta, será em segunda escolha.

terça-feira, maio 16

Lingerie e quotas II

Uma alta autoridade religiosa saudita criticou as medidas anunciadas pelo ministro do trabalho, afirmando que elas levariam à imoralidade e ao fogo do inferno. Numa cassete recente, Bin Laden afirma que o ministro é um herege e merece a morte. Assim, a chegada das mulheres ao mercado de trabalho na Arábia Saudita vai ter de esperar.

domingo, maio 14

A estratégia epistolar



(www.filibustercartoons.com)

Há já muito tempo que Ahmadinejad fala não apenas para o mundo islâmico mas, sobretudo, para os ocidentais. Isto mesmo é sublinhado hoje no editorial do PÚBLICO por José Manuel Fernandes, a propósito da famosa carta a Bush, de que o jornal hoje publica o essencial. A leitura do texto confirma essa impressão e exibe como a opinião pública na Europa e nos Estados Unidos abriu caminho fácil à estratégia mediática dos dirigentes iranianos. É impossível, em face da carta, não sentir o incómodo de constatar que ela poderia ter sido escrita, e facilmente subscrita, por figuras notórias do nosso mundo político e cultural, e por não poucos entre os nossos amigos, conhecidos e vizinhos. Nalguns casos, pequenas alterações de pormenor seriam suficientes: conjecturo que Louçã e Drago recomendassem a retirada das referências a Jesus Cristo e que Freitas do Amaral, Mário Soares e Maria do Céu Guerra, cada um pelas suas razões, requeressem uma alteração de forma no parágrafo final, em que o convite à conversão é apontado como solução para os problemas do mundo.

O Ayatollah Ahamd Jannati, grande leader da oração de 6ª feira em Teerão, tem uma opinião que choca com esta minha visão, porque ele afirma que a carta teve inspiração divina. (Terá o pensamento dos nossos políticos e mentores de opinião, mesmo dos mais empedernidamente laicos, sido contaminado, sem que eles o saibam, pela luz proveniente de um Todo Poderoso?)

Claro que a opinião de Jannaty é que pode estar minada pela conveniência política que a circunstância lhe aconselha. Se é de um apelo à conversão que se trata, porque é que, como nota o analista iraniano Mehran Riazaty, Ahmadinejad não se dirigiu em primeiro lugar aos dirigentes ateus chineses e russos? Só porque estes não têm dificultado o caminho para a bomba?

Com suprema ironia, Ahmadinejad pergunta ao destinatário se acha que os resultados das políticas recentes dos EEUU são compatíveis com os ensinamentos de Jesus Cristo e os direitos humanos. Ele sabe que a questão não lhe pode ser devolvida. Direitos humanos é coisa com a qual o Corão nada tem a ver: a teocracia está no rumo certo.

sábado, maio 13

O gosto

Santarém, Lisboa, Castelo Branco, Tomar... a Semana Académica confirma, por todo o país, que o gosto das massas estudantis, supostamente representado pelo dos seus dirigentes associativos, tem pelo menos um objecto comum e estável: Quim Barreiros. Compreende-se assim melhor que as maiorias não sejam apreciadoras de Análise Infinitesimal, Geometria, Mecânica Quântica... Gostos não se discutem mas aprendem-se, e a estudantada não se mostra muito inclinada para isso.

quarta-feira, maio 10

Saudades de Guantanamo Bay

A China pediu a extradição de cinco suspeitos de terrorismo libertados de Guantanamo Bay e actualmente refugiados na Albânia. Se a resposta ao pedido da China for positiva, alguém vai ter saudades de Guantanamo.

segunda-feira, maio 8

O amor nos tempos de internet (11)

Decorridos cinco meses sobre a fuga de Sofia, sentia-me na corda bamba. Já não era a ausência dela que me atormentava, mas a indefinição e vagueza dos meus próprios sentimentos. Tinha-me apercebido de que já não sofria desde aquela manhã que a empregada, a D. Adília, dedicara a uma limpeza mais profunda: aspirou o ralo da banheira com o desentupidor, atirou restos do cabelo alourado de Sofia pelo cano abaixo e eu, que ainda estava em casa e presenciei a cena, não senti nada.

A Rita tinha-me salvo de um naufrágio mais completo, mas não poderia mentir a mim próprio convencendo-me de que quereria estar com ela a longo prazo. A Matilde caiu como lava sobre gelo. O fim de semana no Norte tinha sido perfeito e, se não sou demasiado ingénuo a avaliar as mulheres, convenci-me de que para ela tinha sido tão agradável como para mim. No entanto, quando lhe sugeri timidamente um convite para vir a Lisboa, ela enredou e desviou o assunto. Seguiram-se ambíguos sinais de esfriamento. Quando na segunda à noite lhe liguei, antes de sair do escritório, fui parar à caixa de correio. Diabos, pensei, lá em casa com a Rita não posso telefonar, a não ser que lhe conte tudo, mas neste momento nem tenho a certeza do que é tudo. Tentei passados dez minutos e apareceu o timbre doce e firme: Olá!
-Olá, amor, já tinha tentado há bocado, onde estavas?
-Tinha ficado sem bateria. Agora já carreguei
-Tinha tantas saudades de te ouvir. Já pensaste no que te disse?
-Disseste-me tanta coisa, não sei se já pensei em tudo
-Parece que estás a falar a medo, os teus pais estão aí perto?
-Não, devem estar a chegar
-Eu como te disse estou seguro de mim, só espero a tua decisão
A chamada caiu. Senti um alívio amargo, porque na realidade as coisas iriam complicar-se se a Matilde dissesse que sim, que viria para Lisboa, para viver comigo. Se não nos déssemos bem eu não a prenderia. Sim, mas com que cara fico diante dos meus pais? era, aparentemente, a grande questão dela. Eu sabia tão bem como ela que a questão não era nada simples, mas o meu feitio aventureiro impelia-me para diante. Voltei a marcar e fui parar outra vez à caixa de correio e ao pânico de não saber o que se passava do outro lado. Nos dias seguintes não houve contacto nem por telefone nem no chat. Na quinta feira seguinte, quando liguei o pc na Companhia, apareceu-me a caixa de diálogo do messenger: a terezinha18, nick que eu desconhecia, queria ser adicionada à minha lista. Intrigado, fiz ok. Ao fim da tarde, quando me preparava para sair do escritório, a terezinha18 apareceu online.

terezinha18 diz:
ola
L. diz:
ola, conhecemo-nos?
terezinha18 diz:
quem sabe, mas podemos vir a conhecer-nos
L. diz:
nao me lembro de termos contactado aqui antes
terezinha18 diz:
és de lisboa?
L. diz:
sim, e tu?
terezinha18 diz:
estou perto
L. diz:
mas que misterio
terezinha18 diz:
o misterio sera desfeito em breve. Como vais de amores?

Uma que me conhece ou ao serviço de alguma que me conhece, pensei.

L diz:
confesso que estou atrapalhado
terezinha18 diz:
se es casado nao quero atrapalhar
L. diz:
Por isso nao será, estou separado
terezinha18 diz:
a sério? e nao há namorada à espera
L. diz:
porque queres saber, se eu não te conheço?
terezinha18 diz:
não quero, estava a brincar contigo
L. diz:
que alívio
terezinha18 diz:
e dás conta do recado com os filhos?
L. diz:
filhos só tenho um

Aqui caí em mim, gravei o diálogo e desliguei-me. Estava a cair no jogo como um adolescente: falar de mim com uma brincalhona ou pior que tem a vantagem do anonimato. O que a princípio me pareceu uma ajuda para esquecer a Matilde por uns momentos acabou por assumir o aspecto de potencial ameaça. Fragilizado, dei-me conta de sentir medo: em situação normal, não deixaria de tirar partido do episódio nem que fosse só pelo gozo inconsequente.

Mas na sexta feira todos estes acontecimentos e dúvidas estavam destinados a descer de categoria, expulsos do pódio por um documento que descobri, de modo fortuito, no pc de casa. Tinha trazido cópia da conversa com a terezinha18 para guardar no computador, e ao abrir a pasta chamou-me a atenção um documento desconhecido com o título cb0412. Fui ver e logo me apercebi de que era parte de uma conversa tida, no messenger, pelo Eduardo com alguém de Coimbra, no fim de semana anterior. Com certeza por descuido, o Eduardo tinha-se esquecido de a apagar. Quando li pela terceira vez, tive a noção de ter intuído, com grande segurança, quem era o interlocutor. E de ouvir uma voz de consciência, se é que existe, a martelar: tens um filho e não lhe ligas nada, não admira que não saibas nada dele. A Rita apercebeu-se da minha perturbação e tive que inventar uma dor de estômago, que rapidamente se tornou real.

domingo, maio 7

O ruído de Laramie



Em Outubro de 1998, na cidade de Laramie, Matthew Shepard, rapaz homossexual de 22 anos, foi assassinado com grande brutalidade por Aaron McKinney e Russell A. Henderson. Os assassinos acabaram por ser condenados a prisão perpétua. Ainda Matthew agonizava no hospital e já o caso atraía à cidade um exército de gente dos media, activistas políticos e artistas "comprometidos" com as grandes causas. A grande causa, aqui, era a janela de oportunidade que se abria à propaganda a favor de legislação contra os "crimes de ódio". O texto que serve de base à peça em cena no Maria Matos estrutura-se a partir de uma série de entrevistas com pessoas da cidade e das suas visões da tragédia.

O problema de "Laramie", como peça de teatro, é que de teatro tem muito pouco. Os autores do texto (M. Kaufman e o Tectonic Theater Project) não trabalharam verdadeiramente o material recolhido, a não ser para sobrepôr à complexa realidade a trivialidade sensaborona de duas ou três ideias feitas que eles próprios já tinham na cabeça. Assim, em "Laramie" não há drama, há comício. Contrariamente ao que apregoam frases publicitárias, "Laramie" nunca comove. Compreende-se porquê: estamos perante uma cópia preguiçosa da realidade, ainda por cima desfigurada e simplificada por um figurino ideológico vulgar.

A encenação de Diogo Infante como que vem apenas mostrar que é possível construir um relativo êxito com grande economia de talento. O espaço cénico, de uma fealdade violenta, acolhe cenas e poses em que tudo (pessoas, objectos) aparenta estar pouco à vontade e fora do lugar.

Salvam-se dois momentos em que há teatro: os monólogos do homem do táxi (Albano Jerónimo) e da esposa do polícia (Isabel Abreu), excelentemente interpretados. Quase tudo o resto é ruído.


sábado, maio 6

Quotas

Entre os candidatos à próxima eleição para a Comissão de Direitos Humanos da ONU:

China, Irão, Cuba, Rússia, Tunísia, Paquistão, Arábia Saudita, Argélia, Nigéria...

O sistema de quotas regionais (que implica quotas para países onde não há respeito pelos direitos humanos) permitirá, possivelmente, a eleição de alguns deles.

Tédio, Seca e Farsa

O "cansaço" e a coluna de Freitas. A "vitória" de Mendes. O congresso dessa curiosidade chamada PP. Tão excitante como uma comemoração do 5 de outubro seguida da leitura de um número do Diário da República, II série. Juntar tudo isto no mesmo fim de semana deveria ser proibido por uma alta autoridade contra o tédio.

A TSF amplia o bocejo abrindo os seus boletins informativos com estas "notícias", a que se acrescentam comentários irrelevantes, proferidos durante minutos que parecem uma eternidade.

sexta-feira, maio 5

Auto-desprezo

Fala-se de auto-estima por tudo e por nada, tanto a propósito de indivíduos como de nações inteiras. Ora, no estado actual da visão que nós, ocidentais, e em particular europeus, temos do que somos e do caminho que ao longo de séculos nos trouxe ao presente, deveria falar-se muito mais de auto-desprezo. Como ainda nenhuma mitologia académica se ocupou de vulgarizar a palavra, o que ela quer dizer passa mais despercebido. No entanto, auto-desprezo, auto-repugnância, ou o que quisermos, é o que melhor caracteriza a as disposições e atitudes dos ocidentais, em virtude do sucesso de algumas das mais perversas ideologias e utopias que fabricámos.

O auto-desprezo exibe-se frequentemente, por acusações e incriminações, de modo directo e frontal. Noutras ocasiões, utiliza, de modo pretensamente mais subtil, o artifício do relativismo e do politicamente correcto. Assim, quando muitos afirmam que se tem de ser tolerante com as religiões, estão a pensar em todas menos nas de raiz judaica ou cristã; inversamente, se apontam os riscos do fundamentalismo religioso, é aos cristãos fundamentalistas que de facto se referem.

E se a qualidade dos líderes das democracias não é entusiasmante, a violência da crítica interna, impossível nos regimes ditatoriais, corrói as nossas defesas. O auto-desprezo avaria os instintos e confunde os sinais de perigo. Quando se fazem comparações que, na melhor das hipóteses, equiparam governantes ocidentais a tiranos populistas e fanáticos, fica claro que se tomou partido por estes.

quinta-feira, maio 4

Olho por olho



Por ordem de um tribunal islâmico, um rapaz de 16 anos executa em público, à facada, o assassino do pai. Mais fotos aqui.

terça-feira, maio 2

Português precário

Ontem, nos noticiários de televisão, Carvalho da Silva falou em precariedade e vários jornalistas repetiram a palavra mais de uma vez.

Post scriptum em 3 de Maio: depois de vários reparos, constato que de facto existem as duas grafias: precaridade e precariedade. Só posso concluir que o título do post se referia, sem que eu o soubesse, ao meu português.

segunda-feira, maio 1

A boa invasão

George Clooney, cujas tomadas de posição contra a política da administração americana se tornaram bem conhecidas, apela ao envolvimento dos Estados Unidos no Sudão para acabar com o genocídio no Darfur.

Terá o actor reparado nos riscos de lhe levarem a mal as intenções? É que o Sudão é rico em petróleo e gás natural.